Avé-maria

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco!
Bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte.
Ámen.

domingo, 19 de dezembro de 2010

São José, a virgindade de Maria e a encarnação de Jesus


Maria foi concebida sem pecado original. Significa isso que Ela foi gerada como nós fomos, ou seja, de uma relação sexual, mas que no momento exacto da concepção Deus lhe retirou aquela parte do ser que todos temos e que faz com que sejamos capazes de sentir maldade ou malícia. Digamos que Ele lhe alterou o ADN, criando um ser perfeito, para que mais tarde o Seu Filho nela pudesse encarnar, sem que isso O manchasse de pecado. Nossa Senhora foi criada por Deus para sacrário vivo, para acolher em seu seio o próprio Deus.
Os pais de Nossa Senhora eram de idade avançada quando Ela nasceu e entregaram-na para servir no templo, juntamente com outras virgens.
Quando Ela alcançou a idade de casar já os pais haviam morrido. Então os parentes reuniram-se para lhe arranjar noivo. Foram todos chamados, para se escolher um noivo de entre eles. José também veio, ele era parente afastado de Maria e também tinha a obrigação de estar presente, embora não estivesse interessado em casar.
Achando-a tão pura e inocente e não lhe agradando o noivo que os parentes queriam dar a Maria, resolveu ele próprio tomá-la como esposa e como mais velho dos parentes solteiros tinha esse direito. E ele desposou-a. O desposório era tão importante como o casamento e embora os noivos não vivessem ainda juntos, era frequente o primeiro filho nascer nessa altura, sem que houvesse escândalo algum. José não tinha pressa em co-habitar com Maria, não pretendia tomá-la como esposa para tomar posse do seu corpo, apenas pretendia protegê-la, porque ela era quase uma criança, uma menina indefesa e inocente, e o desposório prolongava-se…
Foi nesse período que o anjo apareceu a Maria e que o Menino encarnou no seu ventre, por obra e graça do Espírito Santo. Não foi concepção humana, foi encarnação divina. Maria foi concebida sem pecado mas foi gerada através de uma relação sexual; Jesus foi concebido e encarnado por obra do Espírito Santo, não houve qualquer contacto humano.
Depois disso Maria ausentou-se da sua casa, foi visitar Isabel. Quando regressou já o seu ventre era saliente e José percebeu que ela estava grávida. Sabendo que não tinha sido ele, pois nunca tocara em Maria, José andava triste e desiludido, pois achara que ela era pura e tinha querido preservá-la de casar com um parente pouco digno, e agora sofria a desilusão de saber que ela o enganara. Por outro lado, olhava para ela e via a pureza do seu olhar, a inocência dos seus gestos, e nada compreendia… Mas no seu orgulho de homem não podia aceitar que ela fosse sua esposa e tivesse o filho de outro, isso não!
E então, como era um homem justo e prudente, meditava profundamente sobre o que haveria de fazer, pois se se recusasse a recebê-la como esposa, dando o motivo de adultério, ela seria apedrejada, segundo a lei de Moisés, e ele não queria ficar com esse remorso pois ela era órfã e inocente e de certeza que teria havido alguém que abusara dela…
Enquanto assim meditava e pedia a Deus que o esclarecesse e fortalecesse na fé, Deus enviou um anjo enquanto ele dormia, que lhe falou em sonhos e lhe contou o que se passava: José seria pai do filho de Maria, pôr-lhe-ia o nome de Jesus…
José conhecia as escrituras, sabia que uma virgem haveria de conceber e dar à luz o Messias, Filho de Deus. Acreditar que Maria seria essa virgem e que ele, o modesto José, era o escolhido para cuidar dela e da criança não deve ter sido fácil para José, mas aceitou o que lhe foi dito da parte do Senhor. E a partir desse dia recebeu Maria em sua casa, protegeu-a e cuidou do Seu Filho, o Filho de Deus.


Com que alegria José recebeu Maria e o Menino, com que reverência e veneração os tratava. Nunca José tomou sobre Maria os direitos de esposo, pois sabia que Ela era superior a ele, que era a Mãe do Filho de Deus, a virgem que concebera. E ele, que nunca tinha sido atraído pelo casamento, que preferira guardar-se para Deus, assim continuou. O Menino cresceu numa casa onde habitava a pureza, nunca houve nada que escandalizasse o Seu puro olhar.


Jesus era Deus, mas ao descer à Terra perdeu temporariamente a condição divina, ficando exposto aos perigos. Deus preparou o carácter de José para que d’Ele cuidasse. José era puro de coração e de corpo e por isso foi o escolhido.
Vistas as coisas à luz da actualidade, com tantos casos de pedofilia conhecidos e abusos sexuais de menores, ainda é mais de salientar a pureza de José: Deus confiou-lhe Maria, para que ele a respeitasse, e confiou-lhe o Menino, para que o protegesse.
Além disso, era preciso que o homem escolhido para pai do Messias fosse descendente de David, e José era-o, de facto; Jesus era, portanto, filho de David, como estava escrito desde há séculos antes de Ele nascer e era-o através de José.

2 comentários:

RETIRO do ÉDEN disse...

S.José uma figura ímpar da Sagrada Família.
Cada um de nós, quando ao nascer, tem uma missão específica que temos de cumprir segundo a vontade de Deus.
S.José teve uma missão. Mãe Maria teve a outra missão, a de dizer Sim e aceitar ser a Mãe de Jesus. Os dois cumpriram a missão que Deus lhes concedeu e complementaram-se para as Sagradas Escrituras se realizarem.
Muito belo este poste
Abraço
Mer

Dulce Gomes disse...

Amiga Felipa, linda partilha.
Quero desejar-lhe um Santo Natal para si e toda a sua família e agradecer-lhe pelas caminhadas conjuntas que tanto me tem enriquecido.
Bem-haja!
Abraço em Cristo Salvador